Todos nós já ouvimos as pessoas dizerem que educação vem de berço, que caráter é algo que a família impõe diante de conselhos e exemplos. Mas, o que vemos nesta sociedade é um pouco alarmante, observando que a sobrevivência no Brasil depende de um esforço singular da pessoa no trabalho, isso implica as vezes, nos pais passarem maior tempo no trabalho do que com os filhos. Neste contexto, muitos pais afirmam que apesar do tempo minúsculo que passam com os filhos, a educação escolar de qualidade e alimento eles oferecem, mas meu caro leitor, quando nos deparamos com esta nova geração notamos as falhas na educação e formação de caráter das crianças.
O consumo de drogas aumentando entre os jovens, independente da classe média; as infrações acometidas por jovens também tem aumentado e isso deveria ser a maior preocupação do governo brasileiro, pois como todos dizem, nós somos o futuro, mas qual futuro?
Aspirantes a marginais, viciados em drogas ilícitas, obesos, entre outros problemas da adolescência nos dão um parecer da situação do Brasil futuramente: aumento da marginalização, violência, tráfico e adultos doentes.
O que fazer?
O Capitalismo e a Globalização em si, provocam mudanças no comportamento da sociedade perante o trabalho, isso implica na diminuição do tempo com os filhos. Neste contexto, as crianças deveriam passar mais tempo na escola do que na própria casa, tendo a escola a partir desse momento o papel de formadora do caráter logo na infância e adolescência.
A implantação de disciplinas extra-curriculares voltadas para a formação do caráter certamente seriam aliadas importantes do governo no melhoramento da condição de vida e de outros parâmetros que indicariam a evolução de um país.
Bem sabemos que quando ensina-se a criança a somar, na sua adolescência ou fase adulta aquela criança fará a soma automaticamente e saberá que é uma soma. Assim, acontece com outras questões disciplinares no decorrer da vida do individuo. Se esta metodologia funcionasse com o caráter, estaríamos elevando o Brasil há um país mais justo e de pessoas pelo menos aparentemente corretas.
Muitos irão argumentar que a ação do individuo muita das vezes independe do que ensinam e depende da sua genética, da sua origem, mas eu bem sei que na Genética do Comportamento sabe-se que o comportamento humano deve-se a uma "equação" simples: 50% Genética + 40% Ambiente Compartilhado + 10% Ambiente Não-compartilhado. Esta "equação" nos revela muito sobre a criação dos nossos filhos e do porque de muita as vezes um par de filhos terem a mesma criação mas comportamentos diferenciados.
A influência que a escola obtivesse sobre o aluno nos 40% referente ao Ambiente Compartilhado, seriam de grande importância, pois mesmo quando a criança deparasse com os 10% referente ao Ambiente Não-compartilhado ele teria a noção do certo e errado diante de uma ação.
A idéia é esta, a escola oferecer disciplinas extras na sua grade curricular que fossem de importância na formação de um caráter ético e voltado para a preparação da criança para uma sociedade melhor.
Disciplinas obrigatórias como:
- Educação Ambiental ( Preservação do meio ambiente posta em prática para que torne um ato automatico e inconsciente no dia a dia da criança quando adulta)
- Direito, Deveres, Ética e o "ser" Cidadão ( O certo e errado, a exemplificação do erro e da consequente punição, a execução da cidadania e o ensino do que é preconceito e do quão errado é, assim evitando o tão famoso e temido "bulling")
- Nutrição correta ( o ensino da boa alimentação e da consequencia disso, a aplicação disto e também a instrução do aluno dentro da própria cozinha, ensinando a ele que comidas saudáveis também podem ser saborosas, economia doméstica, etc. )
É fato de que a sociedade precisa mais que isso, mas adequamos a realidade brasileira e tentemos fazer o máximo para que melhore.
Tenho dito,
Paloma Silva, cidadã de Rio Paranaíba
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