Paloma Silva

Paloma Silva, "A Cidadã"

Adolescente de 17 anos, nascida e criada em Rio Paranaíba

Paloma Silva, "A Cidadã"

Bolsista junior no Laboratório de Genética Ecologica e Evolutiva Da UFV-CRP desde os 15 anos

Paloma Silva, "A Cidadã"

Estudante do 3° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Dr. Adiron Gonçalves Boaventura

Paloma Silva, "A Cidadã"

Paloma Silva ganhou o prêmio Arthur Bernardes da UFV em 2010 com o projeto de estudos genéticos de peixes

Paloma Silva, "A Cidadã"

Filha de conterrâneos Geraldo Magela "Saruê" e Célia

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Interação UFV e Rio Paranaíba - Parte I

Uns vão negar, outros vão fazer cara feia, mas verdade seja dita, Rio Paranaíba e UFV não são integradas como deveria ser. Os universitários na maioria das vezes não se misturam com os "nativos", os rio paranaibanos por sua vez não se misturam com "forasteiros", alguns poucos aventuram-se em ambos os universos enfretando algumas barreiras culturais.
Preconceito? Discriminação? Medo? Olha, saber eu não sei, mas eu como Cidadã que sou quero tratar sobre isso aqui com muita seriedade e sinceridade e sem nenhuma parcialidade. Por mais que neguemos a existência de uma certa barreira entre UFV e Rio Paranaíba, ela está aqui em nossas mentes. A falta de interação entre as duas está tanto no âmbito do estudante e professor como comunidade acadêmica como próprio morador da cidade.
Primeiro então vamos analisar a "distância" entre o universitário e funcionários da UFV tem com o rio paranaibano como morador:
- Festas: A maioria dos estudantes e funcionários vieram de cidades grandes, metrópoles, o que implica que em uma cidade maior, onde a cultura é mais moderna, os jovens são mais modernos, os hábitos e gostos são diversificados. Sendo assim, podemos dizer que por mais que tenhamos jovens modernos na nossa cidade, os gostos e hábitos não irão bater tão bem, o que acaba divergindo nos caminhos tomados nessas festas.
- Culinária, mercados e hospitais: Vamos ser sinceros: temos poucos restaurantes, poucos mercados com pouquíssima variedade e um hospital que anda em falta com médicos, o que implica na necessidade de usar serviços diferentes dos nossos, optando por procurar isso em cidade vizinhas.
- Cultura: Por mais que na UFV estudem e trabalhem mineiros, isso não indica que somos culturalmente iguais porque bem sabemos que nesse nosso interiorzão nós temos uma cultura diferenciada, gostamos de folia de reis, de congado, de sertanejão; sendo assim, sabemos que os demais que moram em cidades maiores tem gostos mais diversificados, linguajar diversificado e até mesmo os assuntos são diferentes.
O que fazer?
A palavra é só uma ADAPTAR, isso funciona naturalmente no processo evolutivo e diferentemente do repartimento público, evolução é algo que funciona. Quem deverá adptar: universitários de "fora" e funcionários da UFV ou os rio paranaibanos? Ambos terão de adaptar-se para viverem melhor em conjunto, isso mesmo, em conjunto. Se quisermos ver uma Rio Paranaiba melhor e morar nela, é bom que aproveitemos toda ajuda possível.
A Universidade Feredal de Viçosa veio para esta cidade sem nenhuma infra-estrutura e continua sem. Precisamos de muita coisa para mudar este quadro, precisamos de:

  • Supermercados com maior variedade de produtos e marcas para melhor atender a preferência dos diversos clientes.
  • Restaurantes versáteis que saibam fazer vários tipos de comidas diferentes para atender ao paladar diversificado.
  • Hospitais com serviço de maior qualidade.
  • Eventos com maior diversidade de temas.
Segundo, vamos tratar da UFV como instituição de ensino e Rio Paranaíba como uma cidade que há tempos precisa de mudanças e de um empurrãozinho para evoluir. Bem sabemos que a UFV é conhecida pelos seus trabalhos científicos principalmente em projetos de expansão, também sabemos que ela tem ótimos professores capacitados para orientar projetos deste cunho e também a UFV conta com alunos interessados na área. A Cidadã então pensou aqui com seus botões o quanto a interação da UFV para com os rio paranaibanos seria efetivada por meio de projetos de pesquisa, ensino ou extensão ou mesmo do tão famoso PET (Programa de Educação Tutorial).
 Pense aqui comigo leitor, imagine se o curso de Nutrição fizesse pesquisas em torno da educação alimentar das crianças e idosos de Rio Paranaíba, ajudando as escolas, asilos e hospitais a complementar a dieta das pessoas afim de dar a elas os nutrientes necessários na quantidade certa para cada faixa etária e necessidade. Imagine se o curso de Engenharia de Produção, Ciências de alimentos, Ciências Contábeis e a Administração se juntassem, ou pelo alguns alunos trabalhassem em conjunto para ajudar micro e pequenas empresas de Rio Paranaíba. Imagine se os estudantes de Ciências Biológicas dessem auxílio aos alunos do ensino fundamental e básico a aprenderem realmente sobre a fauna e flora do cerrado, ensinando de modo criativo toda a importância da preservação. Imagine se os estudantes de Sistemas de Informação, por mais que sejam bacharelandos, dessem aulas ou mini-cursos para adultos para que as ofertas de empregos fossem melhores.
E dentre tudo isso todos ganham, os universitários ganham experiência e o rio paranaibanos ganha uma ajuda. Assim, todo mundo se integra e realmente conhece a realidade de cada um ao invés de julgar. Falando nisso, seria uma boa se o pessoal da ADM ensinasse aos empresários de Rio Paranaíba que tem jeito de lucrar, sem abusar nos preços dos serviços prestados. 

Bem, isso é só umas idéias que passaram pela mente da Cidadã, fica aqui o recado e digo que ficaria muito feliz se entendessem o que quero dizer.

Tenho dito, 
Paloma Silva, cidadã de Rio Paranaíba

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Coronelismo e preservação ambiental

Ontem enquanto assistia a palestra "O uso da música na educação ambiental" do professor e biólogo Edmilson Escher no SIMBIO eu não pude deixar de pensar em algo importante que ele citou várias vezes que é o coronelismo ainda presente nos municípios menores e os malefícios disto para o meio ambiente. 
Muitos devem estar pensando agora na relação entre isso e podem estar um pouco perdidos, mas tratarei deste assunto assunto aqui pois acho importante.
Bem sabemos que em cidades pequenas a aproximação do candidato e do eleitor é bem maior, tornando a interação entre eles muito mais familiar, familiar até demais pois muita das vezes esta aproximação é aproveitada como modo de ganhar mais votos por meio de métodos ilegais. Quando este candidato sujo ganha, também sabemos que ele leva consigo uma panelinha para dentro da prefeitura, entregando cargos de confiança para os seus "amigos". Neste caso até mesmo o palestrante citou um exemplo onde o prefeito entregou a secretária do meio ambiente para um dono de bar, não é desmerecendo o dono de bar, mas me diz qual formação ambiental ele tem para ocupar este cargo?
Outro problema grave do coronelismo em municípios pequenos é que projetos ambientais não são realizados por desejo de preservar ou coisa parecida, mas sim como escada para reeleição ou dar continuidade na mesma MERDA. É como eu disse em postagem passada  Promessas e obras inacabas: pontes para o poder, as obras que causam mais "ibope" são as mais usadas para dizer " Eu estou trabalhando e bem, me coloquem no poder no próximo mandato", e assim também é feito com o meio ambiente, pois de fato é um assunto polêmico e importante obtendo assim mais repercussão.
Então vamos dar uma geral aqui: Cargos de secretários dados a pessoas incapacitadas naquilo que são designadas... Cargos de secretário do meio ambiente dado a pessoas incapacitadas e sem nenhuma formação que pelo menos aproxime-se de algo a relacionar-se com preservação... Isso te lembra algo? Isso te lembra alguém? Isso te lembra alguma cidade? Nada contra a pessoa, mas acho que há outros em Rio Paranaíba que são formados na área e que realmente vão fazer algo pelo meio ambiente. Pois enquanto você lê, peixes morrem nos rios por causa do descarte de lixo dos laticínios, árvores são cortadas ilegalmente no nosso município, pessoas caçam ilegalmente animais silvestres, esgoto cai nos rios e entre outras coisas que acontecem em Rio Paranaíba e eu realmente não vi nada que pudesse amenizar os problemas...


E digo mais, não é só na Secretária do Meio Ambiente da nossa cidade que esse tipo de coisa anda acontecendo.


Tenho dito;
Paloma F. Silva, cidadã de Rio Paranaíba.



sábado, 14 de maio de 2011

Identidade de Rio Paranaiba

Rio Paranaíba tem mais de 250 anos, apesar de ser uma cidade antiga nada vemos de histórico aqui a não ser a Igrejinha do Rosário e poucas muretas feitas por escravos. Mas sabemos bem que foi uma cidade de casarões, de barões, de fatos históricos entre outras coisas que dão a identidade da nossa cidade.
Vamos dar um giro em nossa cidade e colocar algumas cartas na mesa:
- Pedra do Felipe: Que conterrâneo aqui não ouviu com atenção a história de Felipe que sentava naquela pedra para olhar aquela linda vista do cerrado? Poucos não sabem desta história. Virou-se então aquilo uma marca da cidade, uma marca apagada, uma marca a qual foi jogada cruelmente sobre ela um cimento e nele escreveu alguns dizeres mal feitos. Ao redor da pedra foi colocado uma cerca fazendo daquilo uma propriedade privada de não sei quem e o que era para ser um ponto turístico virou mais um lote baldio na cidade.
- Cristo Redentor: O Cristo pode ser visto de todos os ângulos da cidade, uma majestosa estátua de Jesus Cristo localizada numa praça bem bonita por sinal e freqüentada por usuários de drogas.
Sabem o que eu acho mais interessante desse desleixo todo com os dois pontos turísticos localizados dentro da cidade? É que ambos estão localizados no bairro Alto de Santa Cruz, conhecidíssimo pelo grande número de marginalização e "carinhosamente" apelidado de Favela pelos demais.
O bairro Alto Santa Cruz está entre os bairros Olhos D'água que também tem grande índice de marginalização e que abriga a AABB, o transmissor das rádios Paranaíba e Máximus, as casas populares que ainda não ganharam asfalto, o forúm e o quartel da polícia, este é o bairro mais antigo da cidade; e está entre também do Prado, bairro novo na cidade que tem grande número de casas em construção e que também não tem asfalto. Estes três bairros no geral são chamados de periferia da cidade onde encontram-se casas mais antigas, ruas mais estragadas, pessoas mais carentes e etc... Posso eu dizer como moradora do bairro Olhos D'água e com muito orgulho de morar lá que estes bairros são deixados de lado, pois o crescimento trazido pela UFV está concentrado na outra extremidade do Rio enquanto aqui aglomeram-se casas caindo aos pedaços, as quais a maioria estão no projeto da prefeitura de reformas de casas, projeto este que ainda não chegou aqui perto de casa. Aqui também temos as chamadas "bocas de fumo", isso mesmo, os marginais da nossa cidade parecem se aglomerar aqui para fazer seus negócios.
Mas sabe como é não é cidadão, só é interessante para as autoridades fazer mudanças nestes bairros só em época de eleição, porque o povão, " a massa" está aqui, e é esta massa que quer melhorias, que sofre com os problemas maiores e é esta também que acredita nas promessas de políticos sujos.
Voltando ao assunto dos pontos turísticos localizados por estas bandas eu lhe pergunto: Como pode-se estabelecer e melhorar um ponto turístico da cidade sem melhorar a estética do lugar onde está localizado? Como transformar aqueles locais em ambientes familiares e agradáveis de se visitar se estão sendo pontos de vendas de drogas? Como visitar um ponto turístico se as ruas por onde passa para vê-los estão cheias de buraco ou pior com esgoto passando por cima da rua?
Se pensam que eu esqueci do esgoto que passa em cima da rua Irradiante, vocês estão enganados porque o cheiro de merda ainda está no meu nariz e digo mais esta merda aqui só faz referência à política dessa cidade.
A cidade está evoluindo, novas pessoas estão vindo estabelecer-se aqui e a evolução desta cidade deveria ser homogênea para que não houvesse maior marginalização desses três bairros esquecidos.
E eu me pergunto: onde está a identidade de Rio Paranaíba? Uma cidade antiga sem rastros disso, uma cidade heterogênea, uma cidade com seus pontos turísticos entregados para as marginalização. Quando se quer a melhoria total de Rio Paranaíba deve-se pensar nisso agora, enquanto a cidade está pequena. Ah, me esqueci. Tem que deixar setores da cidade de lado um pouco para que usem isso como promessas para se reeleger.



Tenho dito;
Paloma F. Silva, cidadã de Rio Paranaíba

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vida de Cidadã

Bem, sei que alguns leitores assíduos do Blog A Cidadã devem ter sentido falta das minhas postagens e do meu bom humor regado a ironias, e como amiga que sou venho aqui matar as saudades e dizer o porque da minha ausência. Não, eu não me vendi, não me calei, não desisti. Na verdade é porque apesar de muitos não entenderem ainda, eu sou uma adolescente normal, com problemas normais e então de certo preciso resolver estes problemas. Ando passando por uma época conturbada, sendo este agora ano de vestibular, de formatura e não esquecendo da minha condição de bolsista da UFV, também tenho coisas nessa área a fazer.
Esta época bem sabem que está recheada de provas e também temos o SIMBIO, no qual eu estou na organização, então, este mês de maio será difícil me verem postando aqui. Mas continuem mandando recados, comentando, porque uma vez ou outra passo aqui pra ver.

Um abraço da Cidadã.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Promessas e obras inacabadas: pontes para o poder

Ano de eleição é definitivamente o ano em que os políticos lembram-se do motivo o qual eles recebem salário (alto), começa então uma corrida em prol de obras, obras estas que foram promessas da eleição passada.  E tudo aquilo que foi prometido e era para ter sido concluído começa a ser feito, estradas, reformas, pontes, creches, escolas, hospitais e etc.. E o que não é nada surpreendente é que obras pequenas são terminadas bem no finalzinho do mandato e as grandes obras como hospitais, por exemplo, ficam como promessa para a reeleição, é donde surgi aquele discurso: Votem em mim para que eu possa dar continuidade aos meus projetos e blá blá blá... Quando não é reeleição, o governante apóia um e o discurso continua o mesmo, só muda a pessoa: Votem em mim para que eu possa dar continuidade dos projetos de fulandital e blá blá blá...
Essa conversinha já está tão manjada, porém há quem ainda caia nesta historinha para boi dormir, porque no próximo mandato aquela obra só vai ser terminada no fim do mesmo e outra começa a ser feita. É sempre assim.
Porque disso? Marketing e dinheiro são macetes da política a fim de continuar a desfrutar do seu ótimo salário para trabalhar apenas por um ano.
Então se vê que o interesse deste tipo de político não é dar continuidade ao projeto, o interesse é na verdade garantir o salário por mais quatro anos. Promessas de obras públicas é com certeza uma das maiores cartas na manga de políticos, exercer o ciclo de deixar uma obra inacabada é apenas um meio de manipular a população.
Então eu te pergunto cidadão: Porque melhorar a saúde neste mandato se depois não vou poder usá-la como promessa para enganar o povo? Porque melhorar a educação de uma vez sendo que quero usar esta desculpa para conseguir ganhar mais uma eleição? E assim por diante. O motivo de certos políticos não se esforçarem para melhorar os setores públicos no mandato em questão, na maioria das vezes é porque a melhoria dos setores pode ser usada como promessa e meio de manipulação da população depois. E quando o político entra no poder, ele volta a não melhorar aquilo, pois vai ser isto a promessa do político que ele irá apoiar.
Resumindo: grande parte dos políticos não faz o seu papel simplesmente porque ele pode usar esta desculpa para manipular o eleitor e vencer mais uma eleição, garantindo seu salário por mais quatro anos.
Essa é a pura verdade, nua e crua. As promessas feitas para a efetivação de sua eleição só são começadas no último ano de mandato e outras obras ficam inacabadas simplesmente para servir de ponte para um novo mandato feliz mamando nas tetas do governo.
Tirem suas conclusões vocês mesmos, meu papel eu já fiz.

Tenho dito;
Paloma Silva, cidadã de Rio Paranaíba

domingo, 1 de maio de 2011

GLOBALIZAÇÃO E CAPITALISMO: O PARADOXO E O MUTUALISMO- PARTE II

Globalização e capitalismo: o paradoxo e mutualismo- Parte I


     O ser humano nos seus primeiros contatos com natureza viu nela uma chance de obtenção de alimentos e de demais meios que garantissem sua sobrevivência. Esta maneira de pensar e agir perante a natureza teve sua continuidade até o feudalismo, onde os senhores feudais plantavam em suas terras aquilo que era necessário para sua sobrevivência e parte daquilo era dada ao vassalo e posteriormente ao camponês.  A agricultura de subsistência tem fim bem na época em que as culturas eram trocadas como forma de obtenção de alimentos diferentes, o que gerou a necessidade de maior produção e maior acumulação de bens para trocas. A ascensão da nova classe social, a burguesia, fez com que estes pequenos atos de trocas acabassem virando um lucrativo tipo de comércio, fazendo então com que as iguarias das terras que futuramente fossem exploradas, o artesanato e os produtos agropecuários fossem comercializados por meio da moeda, do capital.
A própria expansão marítima só foi possível graças a um grande acúmulo de capital, e esta prática foi adotado por vários povos.
A acumulação de capital por sua vez, torna-se um ciclo, onde para acumular este capital é necessário produzir, explorar, enfim, fazer algo para a obtenção de lucro. Bem sabemos que a matéria-prima para praticamente todos os produtos que consumimos encontra-se na natureza, entende-se então que a exploração de matéria-prima, posterior transformação e distribuição destes produtos quando feitos de modo errôneo e com o intuito de lucrar apenas acabam degradando a natureza.
A não utilização de filtros nas indústrias, o descarte incorreto de materiais químicos, o uso de carros com defeito nos motores ou com combustível adulterado ou mesmo mais poluente, o descarte incorreto do lixo domiciliar, a transformação de mata em áreas de pastagens, o corte de árvores sem procedente reflorestamento, indução de queimadas para o melhoramento da pastagem, caça de animais silvestres e/ou em extinção, entre outros atos de autoria humana são as causas principais dos problemas ambientais que vemos atualmente. Tais práticas na indústria reduzem o custo com a produção, fazendo com que o retorno do lucro seja maior, enquanto a apropriação e adequação de todos os processos para um método ecologicamente correto é com certeza de grande prejuízo. O que devemos lembrar é que este prejuízo é momentâneo perante o prejuízo causado pela não adequação das indústrias às normas ambientais, pois a continuidade de atividades errôneas acarretará uma série de problemas ambientais como: extinção de animais, vegetais, petróleo, enfim recursos naturais, aumento da temperatura, derretimento das calotas polares, surgimento de novas doenças, redução na qualidade, aumento na produção de dióxido de carbono, etc..
Causas deste mal? O egoísmo e a ganância humana de fato são os maiores fatores para isto, além do mais, a globalização influencia o capitalismo, pois a mídia é a principal incentivadora do consumismo. Para consumir mais precisamos ter mais capital acumulado, isso inquiri em produzir mais com custo baixo para vender mais caro e obter mais lucro, isso por sua vez que faz com que o outro consumidor tenha que produzir mais e ganhar mais, para consumir mais. Tornando isso um ciclo. Com certeza este é um dos maiores exemplos do mutualismo existente entre capitalismo e globalização.
A resposta para isso foi sempre uma só: Conscientização. Necessita-se de escolas ensinando a preservação, a subsistência ainda praticada em aldeias indígenas no Brasil, métodos de produção ecologicamente corretas e mais ainda, escolas que estejam preocupadas na formação do caráter da criança e do adolescente em prol de uma sociedade futuramente mais ética, mais respeitosa, mais preservadora da natureza e isso sem impor, mas ensinando a importância e fazendo com que atos simples como fechar a torneira enquanto escova os dentes, jogar lixo no lixo sejam automáticas como saber que dois mais dois são quatro. Ações estas que na infância parecem não ser nada, mas quando esta criança estiver maior, estudada, dona de sua própria indústria, ela ache necessário colocar filtro nas chaminés de suas indústrias, instigar a reutilização e reciclagem de materiais utilizados lá dentro.
Lembremos bem que quando se tratando de crianças, estas que dizemos ser o futuro, regras e leis são impostas de uma maneira a qual se torna chato fazer, mas quando ações como estas se tornam parte fundamental do caráter, este sendo imutável como ser, bem sabemos que a próxima geração será consciente do que faz com o mundo e pronta para conscientizar outras gerações.