Para quem lembra da postagem da Pangéia Cultural, bem lembra que abordei sobre a robotização humana, que é a padronização de costumes humanos. Bem, observemos então um paradoxo, ou talvez uma aliança entre a Globalização e o Capitalismo para que juntas possam se tornar regimes fortes e sólidos. Apesar da padronização de costumes gerados pela Globalização, no mercado trabalhista o que conta não é a padronização e sim a diferenciação entre os profissionais.
As empresas acostumadas com o natural, com o padrão, buscam então algo que difere um profissional do outro, pois é esse diferencial que o leva a levantar o lucro de uma empresa ou qualidade dos serviços prestados. Enquanto a Globalização prega um consumismo exagerado, as empresas pregam dentro de sua política empregatícia que seja utilizado o menor número de empregados, com o maior índice de qualidade e rapidez na geração de produtos e posteriores lucros. Quanto menos gastos com os profissionais e obra-prima, e maior qualidade e quantidade de produtos (fordismo), maior ainda será o lucro daquela empresa.
Pensemos: Vivemos numa era tecnológica em que cursos de universidades voltados para robótica, nanotecnologia e biotecnologia são os mais procurados e melhores adaptados para o mercado de trabalho; pensando nisso, as faculdades lotam de pessoas procurando esses cursos e em poucos anos temos grande quantidade de pessoas especializadas em tecnologia, assim, o empregador tem variedade de escolha, mas corre o risco de escolhe-los na sorte por que são todos "iguais". Aí, entra a diferenciação movida pelo Capitalismo, vejemos que então um profissional formado em biotecnologia tem então uma formação diferenciada numa faculdade fora do país e com um currículo invejável, diferente dos outros que se candidataram ao emprego, neste caso não resta dúvida, aquele que tem o diferencial vai se sobressair e ganhar o emprego. E sabe como ele conseguiu esse diferencial? Por meio da Globalização, a mesma que padroniza, é a mesma que faz uma afirmativa "Usemos a padronização no meio econômico, quando adquirimos produtos com preços baixos e temos a educação de qualidade que é oferecida por intercambios perante facilitação da Globalização e seu fluxo migratório. Fora isso, usemos de nossos momentos extra-manipulação para aperfeiçoarmos no que o mercado precisa."
Esta então, é o mutualismo entre Capitalismo e Globalização, aquele que usa a Globalização como meio de adquirir com facilidade outros meios necessários para sua inserção no mercado e não usando a Globalização como meio de homogeneização e inserção na sociedade consumista, é aquele que está preparado para usufruir das vantagens do Capitalismo, quando os outros que usam a Globalização de modo errado, acabam usufruindo das desvantagens: desigualdade social, instabilidade financeira e empregatícia, entre outras pragas capitalistas.
1 comentários:
Nunca, em nenhum outro tempo, em nenhuma outra era, houve tanta escravidão como há hoje... Vivemos na era dos escravos salariados... A diferença, é que antigamente, um escravo sabia que o era, e hoje em dia, as pessoas não sabem, e acreditam cegamente que são livres, por não observarem que seguem rigidos modelos de vida e padrões...
Vivemos em uma sociedade que acredita cegamente que o consumismo é a única forma de adquirir felicidade, e isso é uma parte de um plano muito bem elaborado e muito complexo...
Pra quem gosta de ler, pode ver:
O excesso da globalização levaria a "admirável mundo novo", e a falta dela, a "1984"...
Mas eu percebo algo ainda mais complexo, com essa globalização atual, crescendo cada vez mais, e reduzindo Estados-nação a praticamente nada, não seria um futuro muito diferente daquele descrito em "admirável mundo novo", e nem diferente daquele que George Orwell nomeava como Coletivismo Oligárquico, em "1984".
Então, o que nos aguarda?
Um futuro onde as nações não tenham influência alguma, e que as corporações exerceriam o poder de forma quase totalitária, em um sistema muito parecido com o socialismo (pesquisar Sociedade Fabiana). Esse socialismo seria benéfico para a elite, pois manteria as pessoas "na linha", enquanto a mídia global se encarregaria de continuar montando uma geração de zumbis...
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